A Reinvenção dos SAC em Saúde

A Reinvenção dos SAC em Saúde

por | 14 jul 2019 | a experiência do paciente

Engana-se quem responde que a reclamação começa quando o atendimento apresenta algum tipo de problema. Na verdade, toda reclamação traz consigo a percepção de que algo não foi realizado a contento e configura-se, portanto, como o último estágio de um processo iniciado anteriormente.

Quer saber mais sobre a experiência do paciente?

Healthcare marketing impacta na experiência do paciente e nos índices de qualidade do hospital ou centro clínico

Saiba mais, preencha e conheça!

Desta forma, esta percepção está atrelada a tudo o que ocorre antes da reclamação em si e torna-se fator determinante na decisão do paciente quando este tem de escolher um hospital, pois ao fazê-lo, ele se baseia não somente na sua experiência pessoal, mas também na opinião de parentes e amigos, bem como nas informações veiculadas nas redes sociais, com destaque para o ótimo “Reclame Aqui”. O conjunto desses fatores atribui um caráter favorável ou não à organização de saúde e,  uma vez que a utilização de serviços de saúde é inevitável, o paciente optará por aquele em que obtiver as melhores referências ou, analogamente, a que contabilizar o menor índice de atributos negativos.

Muitos hospitais não acreditam em relacionamento com o paciente. Consideram o “mercado da saúde” como uma grande massa de pessoas onde o paciente, além de não possuir nenhum poder de negociação ou opiniões, não precisa ter seus sentimentos e pontos de vista em consideração. Mantém o SAC em funcionamento apenas como um conjunto de normas e procedimentos que devem ser seguidos DEPOIS do surgimento de um problema. Posicionam-se erroneamente ao assumirem que um paciente a mais ou a menos é indiferente.

O SAC tem de ser um canal que reflita a imagem que os pacientes têm em relação ao hospital e se transformar em um verdadeiro “observador” por meio da monitoração da opinião do paciente e captar tendências. Apesar de trabalhoso, este relacionamento deixa de ser meramente um “centro de custo” para transformar-se numa fonte de lucros e de constante aprimoramento dos serviços prestados. É preciso abandonar a ideia de um SAC meramente receptivo para tornar-se proativo, antecipando-se aos problemas mais graves.

Muitos hospitais em que o SAC só tem a finalidade de defende-los quando surge algum problema mais sério, precisam se atentar para a importância da opinião tanto dos pacientes como dos colaboradores envolvidos. Seus colaboradores muitas vezes têm conhecimentos elementares de como conduzir ou encaminhar os problemas surgidos: basta encaixar as “reclamações” em alguma resposta pré-concebida, um curso básico rápido sobre os serviços e setores do hospital, mais um treinamento básico sobre boas maneiras ao telefone e todo o problema estará resolvido e o paciente terá suas questões esclarecidas. Ledo engano.

Como então mudar essa visão e fazer do SAC um efetivo canal de comunicação entre o Hospital e o paciente? Enfrentando o problema de frente.

Compreender que o SAC não é apenas uma forma de atendimento, mas uma fundamental ferramenta de gestão e canal de comunicação.

As relações humanas em saúde são bem complexos. Por isso ouvir os pacientes é fundamental, mas é preciso estar preparado para faze-los: identificar os pontos fracos da organização a fim de minimiza-los e, ao mesmo tempo, reconhecer a destacar seus pontos fortes. O SAC estabelece um canal rápido e dinâmico de comunicação entre a entidade, pacientes, médicos, administração e a comunidade. Dispor dessa fundamental ferramenta representa uma oportunidade de humanizar seu atendimento e estreitar o relacionamento com os pacientes. Trata-se de uma maneira de buscar soluções criativas, práticas e efetivas para importantes problemas da organização sob a visão do paciente, identificando nas críticas as oportunidades de inovação e aprimoramento de seus processos e serviços.

Pesquisa de Satisfação – Necessidades e Expectativas

O paciente de um hospital tem hoje a seu dispor as mais variadas fontes de informação sobre saúde e sobre onde encontrar a excelência no atendimento. Graças a isso, os pacientes adquirem ao longo do tempo uma postura crítica em relação ao assunto – questiona os procedimentos e a conduta de seu médico e as informações que recebe. Está atento para as informações em geral: a eficiência dos medicamentos, segurança dos procedimentos cirúrgicos, papel dos médicos e demais profissionais em saúde. Eles valorizam cada vez mais as instituições preocupadas em oferecer os melhores serviços e a melhor maneira de obtê-los. Para que um hospital atinja esse nível de excelência exigido por seus pacientes é preciso conhece-los bem em suas necessidades e saber se percebem os esforços em atendê-los. Isso se torna latente em um mercado onde a concorrência é acirrada e os serviços prestados são semelhantes.

A Pesquisa de Satisfação Ativa se diferencia porque se torna uma ferramenta da busca da informação. O hospital inteligente procura a informação, não apenas espera que o paciente o procure. Isso possibilita a direção do Hospital criar um sistema de informação que permita avaliar de forma contínua e constante como os pacientes estão percebendo a qualidade dos serviços prestados.

É um erro encarrar a Pesquisa de Satisfação como uma ferramenta que gera apenas índices, erros ou defeitos. Ela aponta aspectos do atendimento e permite ao hospital corrigir, redimensionar e realinhar posturas, conceitos e ao mesmo tempo potencializar ações que estejam agradando. O hospital tem que entender que entre o paciente e ela devem estabelecer uma forte integração, pois está é fundamental para a identificação, definição e compreensão do problema e o estabelecimento dos objetivos definidos. É buscar e não esperar.

Quer saber mais sobre a experiência do paciente?

Healthcare marketing impacta na experiência do paciente e nos índices de qualidade do hospital ou centro clínico

Saiba mais, preencha e conheça!

Marcos Gallo é Consultor e Diretor Geral da Multimax Healthcare Marketing

A Reinvenção dos SAC em Saúde

A Reinvenção dos SAC em Saúde

por | 14 jul 2019 | a experiência do paciente

Engana-se quem responde que a reclamação começa quando o atendimento apresenta algum tipo de problema. Na verdade, toda reclamação traz consigo a percepção de que algo não foi realizado a contento e configura-se, portanto, como o último estágio de um processo iniciado anteriormente.

Quer saber mais sobre a experiência do paciente?

Healthcare marketing impacta na experiência do paciente e nos índices de qualidade do hospital ou centro clínico

Saiba mais, preencha e conheça!



Desta forma, esta percepção está atrelada a tudo o que ocorre antes da reclamação em si e torna-se fator determinante na decisão do paciente quando este tem de escolher um hospital, pois ao fazê-lo, ele se baseia não somente na sua experiência pessoal, mas também na opinião de parentes e amigos, bem como nas informações veiculadas nas redes sociais, com destaque para o ótimo “Reclame Aqui”. O conjunto desses fatores atribui um caráter favorável ou não à organização de saúde e,  uma vez que a utilização de serviços de saúde é inevitável, o paciente optará por aquele em que obtiver as melhores referências ou, analogamente, a que contabilizar o menor índice de atributos negativos.

Muitos hospitais não acreditam em relacionamento com o paciente. Consideram o “mercado da saúde” como uma grande massa de pessoas onde o paciente, além de não possuir nenhum poder de negociação ou opiniões, não precisa ter seus sentimentos e pontos de vista em consideração. Mantém o SAC em funcionamento apenas como um conjunto de normas e procedimentos que devem ser seguidos DEPOIS do surgimento de um problema. Posicionam-se erroneamente ao assumirem que um paciente a mais ou a menos é indiferente.

O SAC tem de ser um canal que reflita a imagem que os pacientes têm em relação ao hospital e se transformar em um verdadeiro “observador” por meio da monitoração da opinião do paciente e captar tendências. Apesar de trabalhoso, este relacionamento deixa de ser meramente um “centro de custo” para transformar-se numa fonte de lucros e de constante aprimoramento dos serviços prestados. É preciso abandonar a ideia de um SAC meramente receptivo para tornar-se proativo, antecipando-se aos problemas mais graves.

Muitos hospitais em que o SAC só tem a finalidade de defende-los quando surge algum problema mais sério, precisam se atentar para a importância da opinião tanto dos pacientes como dos colaboradores envolvidos. Seus colaboradores muitas vezes têm conhecimentos elementares de como conduzir ou encaminhar os problemas surgidos: basta encaixar as “reclamações” em alguma resposta pré-concebida, um curso básico rápido sobre os serviços e setores do hospital, mais um treinamento básico sobre boas maneiras ao telefone e todo o problema estará resolvido e o paciente terá suas questões esclarecidas. Ledo engano.

Como então mudar essa visão e fazer do SAC um efetivo canal de comunicação entre o Hospital e o paciente? Enfrentando o problema de frente.

Compreender que o SAC não é apenas uma forma de atendimento, mas uma fundamental ferramenta de gestão e canal de comunicação.

As relações humanas em saúde são bem complexos. Por isso ouvir os pacientes é fundamental, mas é preciso estar preparado para faze-los: identificar os pontos fracos da organização a fim de minimiza-los e, ao mesmo tempo, reconhecer a destacar seus pontos fortes. O SAC estabelece um canal rápido e dinâmico de comunicação entre a entidade, pacientes, médicos, administração e a comunidade. Dispor dessa fundamental ferramenta representa uma oportunidade de humanizar seu atendimento e estreitar o relacionamento com os pacientes. Trata-se de uma maneira de buscar soluções criativas, práticas e efetivas para importantes problemas da organização sob a visão do paciente, identificando nas críticas as oportunidades de inovação e aprimoramento de seus processos e serviços.

Pesquisa de Satisfação – Necessidades e Expectativas

O paciente de um hospital tem hoje a seu dispor as mais variadas fontes de informação sobre saúde e sobre onde encontrar a excelência no atendimento. Graças a isso, os pacientes adquirem ao longo do tempo uma postura crítica em relação ao assunto – questiona os procedimentos e a conduta de seu médico e as informações que recebe. Está atento para as informações em geral: a eficiência dos medicamentos, segurança dos procedimentos cirúrgicos, papel dos médicos e demais profissionais em saúde. Eles valorizam cada vez mais as instituições preocupadas em oferecer os melhores serviços e a melhor maneira de obtê-los. Para que um hospital atinja esse nível de excelência exigido por seus pacientes é preciso conhece-los bem em suas necessidades e saber se percebem os esforços em atendê-los. Isso se torna latente em um mercado onde a concorrência é acirrada e os serviços prestados são semelhantes.

A Pesquisa de Satisfação Ativa se diferencia porque se torna uma ferramenta da busca da informação. O hospital inteligente procura a informação, não apenas espera que o paciente o procure. Isso possibilita a direção do Hospital criar um sistema de informação que permita avaliar de forma contínua e constante como os pacientes estão percebendo a qualidade dos serviços prestados.

É um erro encarrar a Pesquisa de Satisfação como uma ferramenta que gera apenas índices, erros ou defeitos. Ela aponta aspectos do atendimento e permite ao hospital corrigir, redimensionar e realinhar posturas, conceitos e ao mesmo tempo potencializar ações que estejam agradando. O hospital tem que entender que entre o paciente e ela devem estabelecer uma forte integração, pois está é fundamental para a identificação, definição e compreensão do problema e o estabelecimento dos objetivos definidos. É buscar e não esperar.

Marcos Gallo é Consultor e Diretor Geral da Multimax Healthcare Marketing.

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